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O momento pede uma nova escola

   As aceleradas mudanças que ocorrem no país e no mundo por conta das novas tecnologias e da globalização nos fazem acreditar e concluir que, para atender a demanda social, política, econômica e cultural que essas mudanças causam, e necessário construir, urgentemente, uma nova escola; uma escola que possa atender as exigências do mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, dar subsídios para a formação global do educando, preparando-o para enfrentar os desafios proporcionados pela ação de viver, conviver, ser e fazer.

   O que essa nova escola exige não é só uma mudança superficial, que apenas mude o sistema de avaliação, a metodologia, as técnicas de ensino, a grade curricular, a formação do corpo docente, o Projeto Político Pedagógico, o currículo, etc. estabelecendo um discurso totalmente distante da pratica; ela exige uma transformação profunda; de estrutura, de forma, de formatação, de administração e de olhar.

   Por exemplo, pegue uma garrafa plástica, corte em tiras e faca uma cestinha; você transformou uma garrafa em cesta. Mesmo que não esteja satisfeito, a cesta jamais voltara a ser aquela mesma garrafa; mas se você quiser que ela volte a ser garrafa, terá de juntá-la com outros materiais plásticos, colocar em uma prensa numa industria de material reciclável para obter matéria prima e, só então, fazer uma nova garrafa; que não será jamais aquela primeira que foi transformada em cestinha, mas que terá, no seu cerne, no seu intimo, a concepção de garrafa e de plástico; porem, uma nova concepção de garrafa, sem perder a sua essência que é o plástico.

    É mais ou menos isso que deve acontecer com a escola. Ela deve ser transformada e não só mudada.

    Não adianta apenas passar de serie para ciclo, de quantitativa para qualitativa, procurando desenvolver habilidades e competências, dizendo-se democrática e estar paradoxalmente sempre fechada, com hora marcada, sem acesso a bibliotecas, laboratórios, salas de vídeos, de computação etc. Aprender não tem hora. É igual às necessidades biológicas, tem de ser no momento que der vontade. Se, quando der vontade, você fizer e realizar, com certeza terá prazer e será estimulado a fazer novamente, porque é bom.

   Como alguém pode gostar de estar num lugar em que tenha acesso permitido apenas a uma sala, ao banheiro, a cantina e a direção somente quando vai ser repreendido? E ainda com horário determinado.

   Transformar exige ruptura; exige despir-se de fantasmas e de relações de poder que povoam todo o processo educacional. Exige coragem e exige querer.

    Essa transformação só acontecera se houver, por parte da administração escolar, um esforço no sentido de promover o gostar da escola; gostar de estar na escola; gostar de quem está na escola e do que se faz na escola.

   Caso contrário, todas as mudanças serão inúteis e o destino da escola será uma linda foto ou maquete num museu com os dizeres: Esta foi à primeira instituição responsável pelo desenvolvimento intelectual da humanidade.

Âncora 1

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